Chris Barker, em Cultural Studies: Theory and Practice, oferece uma introdução abrangente aos Estudos Culturais, explorando suas principais teorias, conceitos e metodologias. A obra se estrutura em torno da ideia de que a cultura é um campo dinâmico de significados, representações e relações de poder.
No início, Barker apresenta as origens dos Estudos Culturais, destacando a influência do Centro de Estudos Culturais Contemporâneos de Birmingham (CCCS) e teóricos como Raymond Williams e Stuart Hall. Ele explora a cultura como um processo de significação e enfatiza a centralidade da linguagem e do discurso, inspirando-se no pós-estruturalismo de Foucault.
A identidade é um tema central, sendo abordada em relação a género, raça, etnia e classe. Barker discute como as identidades são socialmente construídas, moldadas por práticas discursivas e representações mediáticas. Ele também examina o impacto dos media na cultura contemporânea, explorando a globalização e o consumo cultural.
O livro analisa conceitos-chave como ideologia, hegemonia (inspirada em Gramsci), poder e resistência. Ele apresenta debates sobre o papel da cultura popular e como ela pode ser tanto um mecanismo de dominação quanto um espaço de contestação.
Por fim, Barker destaca os desafios metodológicos dos Estudos Culturais e a necessidade de uma abordagem interdisciplinar. Sua obra se consolidou como um texto essencial para estudantes e pesquisadores interessados na complexidade das práticas culturais e suas relações com o poder na sociedade contemporânea.